domingo, 2 de março de 2014

Eu começaria assim: "Nos anos 80...", ou como a mídia diz hoje:
"Nos anos de 1980...".
Mas eu sei que os que me leem sabe o ano a que estou me referindo.

Então, vamos lá.
Estava eu na Alemanha, mais precisamente em Estugarda (em alemão: Stuttgart) que é a capital e a maior cidade do estado de Bade-Vurtemberga, na Alemanha, na casa de meu amigo de infância, Martin, a quem não via há muito tempo.
Além da sua Mercedes-Benz do ano, o que mais me chamou a atenção foi a sua televisão.
Já naqueles idos tempos, ele me mostrava que podia assistir ao que quisesse na televisão bastando, apenas, escolher o programa num menu que aparecia na tela quando acessado.
Fiquei encantado e com uma baita inveja... já que ele não pagava nada mais por isso.

Hoje, assistindo a minha televisão aberta em HD (Uau!), de graça, já que não tenho cacife para pagar a tv a cabo e continuar vendo horas de comerciais pagos entre os programas, veio a pergunta:
- Por que eu não posso assistir ao programa que eu quero, já que tenho acesso a vários canais abertos com programação variada?

Neste mundo globalizado onde a informação é disponibilizada 'on line' em todas as mídias, por que eu não posso assistir a um programa "ao vivo" em alguma das emissoras do meu país?

Por que? Por que?

Eu vos digo.
É porque há censura na mídia, controle da mídia.
Sim, é verdade!
Isso se chama "censura econômica".

A mídia, em geral, está nas mãos de grandes grupos econômicos que 'decidem' o que eu devo ver e quando ver, ou pagar para ver o que eles querem que eu veja... (?)

E a gente aceita, sem reclamar e acha legal...

Mas eu não!
Eu não aceito ser excluído do meu direito de ver o que eu quero.
Eu quero ser respeitado no meu direito de escolha.
Por que os programas que eu quero ver são de exclusiva propriedade de uma rede e estes não transmitem nem deixam outros transmitirem?
Puro capricho, medo da concorrência ou poder econômico?
No meu tempo de estudante, isto se chamava "Monopólio"... que vai contra a livre concorrência.
Mas eu quero combater esse cancro que se espalha na nossa sociedade... eu quero meu direito de ver o que eu quero na hora que eu quero, de graça...

Por isso, eu vos digo:
- Vou desligar a minha televisão até ter meu direito respeitado.

Para mudar um país é preciso que a gente mude.