sábado, 15 de novembro de 2014

No dia da proclamação da República uma dica pros meus amigos. 

Corrupção e Hipocrisia no Brasil 

Vamos começar com as definições.

Corrupção: Ação ou resultado de dar dinheiro, ou vantagens, a uma ou a várias pessoas em benefício próprio ou em nome de uma outra pessoa; o conhecido "suborno". Utilização de recursos que, para ter acesso a informações confidenciais, pode ser utilizado em benefício próprio.

Hipocrisia: Ação de ser hipócrita. O hipócrita é alguém que oculta a realidade através de uma máscara de aparência. Mais tarde é que passou a designar as pessoas que representam, e que fingem comportamentos. A hipocrisia também é usada num duplo sentido, quando alguém acredita que cabe um grupo de normas morais a um grupo e, para outro grupo, caberiam outras normas morais. Todo mundo já foi hipócrita alguma vez na vida, ou não?

O simples fato de comprar um "CD" pirata, ou dar uma "gorjeta" ao guarda para não ser multado, parar numa vaga para deficiente, sem ser, mesmo que seja por um minuto ou parar em fila dupla, dar um "carteiraço" tipo: "Você sabe com quem está falando?", dar uma "graninha" para garantir um lugar melhor na fila, receber uma comissão de 3% de um negócio com um orgão público que vale alguns milhões de reais que vão para o bolso de um executivo de uma grande empresa, significa um modo de corrupção, direta ou indireta.
Quando se fala que foi na maior inocência, foi só uma vez, não fiz por mal, não tive a intenção, ou não sabia, isto é hipocrisia, não é? Como corrigir esta distorção do ser humano, ou seja, de todos nós?

Primeiro: A Educação
Esta vem do berço. São valores passados por nossos pais. Lembro do meu pai falando as suas máximas: "Nunca maltrate uma mulher." "Você não é melhor que ninguém, mas também não é pior que ninguém."
"É melhor perder um minuto na vida do que a vida em um minuto." (Essa eu uso até hoje quando vou atravessar a rua. Eu só atravesso na faixa e quando o semáforo está verde pra mim, mesmo que demore mais de um minuto.)

Segundo: O Exemplo "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço." (esta eu demorei a entender, mas, muito tempo depois, eu percebi que eu devia seguir os seus valores, mas tinha o livre arbítrio para fazer como eu achasse melhor segundo os meus valores. Mas o exemplo dele era o que mais valia, e eu seguia.) 

Todo mundo conhece alguém, ou alguém que conhece alguém, que já corrompeu ou foi corrompido, ou alguém que é hipócrita.
Todos temos uma história de corrupção que gostaríamos de contar, mas não podemos...
Não podemos, ou não queremos, por vários motivos:
Ou, ouvimos falar e não temos certeza de que seria verdade.
Ou, sabemos que é verdade mas não temos provas.
Ou, sabemos que é verdade mas o cara, ou os caras são meus amigos e eu não entrego os meus amigos. Ou, eu sei de tudo, mas tenho medo porque vai sobrar pra mim e eu não quero me envolver.
Ou, deixa como está que "outro alguém" vai denunciar e eu não me envolvo, nem sobra pra mim... Não é assim?

Eu conheço várias nos diversos níveis acima... mas não me julgue, tá? Eu, como você, tenho meus motivos... Sempre houve corrupção no Brasil e no mundo.
Vou dar um exemplo no Brasil que aconteceu na minha família. Meu tetravô, Eusébio de Queirós Coutinho Mattoso Câmara, foi Senador do Império e era um político correto.

Veja este relato:
"Eusébio era de uma probidade, de um escrúpulo extraordinário. Quando mandava uma carta em mão, mandava-a selada para não lesar o fisco." "Uma vez, por intermédio de um amigo, arranjou colocação para um companheiro. Pouco tempo depois foi convidado para uma festa em casa do mesmo e ficou intrigado com o luxo, a pompa da casa. No dia seguinte procurou o amigo que arranjara o emprego, e pediu outro lugar onde o compadre não pudesse roubar. Foi ao jornal e mandou publicar a demissão do compadre e a sua nomeação para outro lugar, com os mesmos honorários. O compadre ficou furioso, foi a casa de Eusébio e declarou: - Imagine, não pedi cousa alguma! Respondeu Eusébio: - O pedido foi feito por mim, você não tem que se queixar pois vai ganhar o mesmo ordenado, só que não poderá mais roubar; e não ponha mais o pé na minha casa!"

Se todos fossem assim será que o mundo seria melhor?
Eu procuro seguir na minha vida esses exemplos cheios de valores procurando fazer um mundo melhor, não perfeito, mas melhor pra viver.
E você, o que está fazendo ou não está fazendo? Pense nisso, mas aja, porque sem ação nada vai mudar, tá?
Antes que seja tarde...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Emburrecendo...

Nós estamos emburrecendo.

Não sei se é só comigo, mas a informação instantânea a que estamos expostos hoje, talvez, nos faça assim. São tantas informações ao mesmo tempo que não temos nem tempo de entender, nem de filtrar e nem de absorver. Talvez por isso estejamos absorvendo qualquer coisa que nos apresentam, sem tempo de assimilar, analisar e processar. Aí, vamos no embalo e aceitamos o que está mais fácil, ou seja, a opinião pronta que vem de todos os lados, de todas as fontes, confiáveis ou não, corretas ou não, verdadeiras ou não, sérias ou não, enfim, qualquer coisa que nos sirva de apoio para aquilo que não queremos pensar, apenas aceitar como verdade verdadeira e pronto.

E, pior, passando adiante sem pudor e sem censura.

Estamos sendo nivelados por baixo...

Quando vejo o Jornal Nacional "explicando" pra mim o que é "PIB", eu entendo que estou "emburrecendo". Quando vejo o Faustão me "explicando" o quer dizer "inadimplência", num país de tantos endividados, eu tenho certeza de que todos estamos "emburrecendo", que queimamos todos os dicionários na inquisição...

Será que é isso?

Deixamos de ter nossas próprias opiniões, nossas próprias posições, nossos próprios valores falando por nós, será? Vamos levando e sendo levados como um bando de anencéfalos preguiçosos porque tanto faz como tanto fez, será? Ou, sendo levados por anencéfalos perigosos (que me perdoem os anencéfalos) que tentam nos manipular para seus próprios desígnios, do bem ou do mal, já que é fácil manipular mentes preguiçosas que pararam de pensar?

Será que estamos no fim dos tempos, no fim de nossa existência ou no fim de nossa capacidade de discernir o que é real e o que não é, o que é bom pra nós ou não, o que é bom pra todos ou não? Será que o Matrix já chegou, e a realidade virtual é mais real que a realidade real do nosso tempo de criança? Ou perdemos a capacidade de pensar com a nossa cabeça com os valores que aprendemos no passado? Ou será que nunca tivemos essa capacidade? Será? Será? Será? Ou seria...?

Vamos acordar do sonho e mudar a realidade, a realidade de cada um, mas uma realidade "real" de cada um, e vamos tentar estabelecer um mundo melhor para todos e não para alguns poucos que não merecem estar neste novo mundo. Como já ouvi alguma vez: "Este mundo é dos loucos". E os loucos não estão no hospício, estão bem a seu lado... Cuidado!

Pense a respeito e molde seu futuro como você quiser. E, se concordar com o meu texto, comente. E, se não concordar, comente e coloque sua opinião. Eu vou ler, juro, e não vou julgar, apenas ler e absorver o que for verdadeiramente você... E, obrigado por ler.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Pistola Browning 975

Armas.

Nunca gostei de armas. Nem quando era criança brincando de bandido e mocinho. A gente inventava formas de brincar sem ter us filhos e meus netos. São dois momentos da minha vida bem distintos.

Primeira história. Na infância.

Eu devia ter uns 10 anos. Eu tinha meu próprio quarto onde eram guardadas todas as "coisas" que não eram, digamos assim, usadas no dia a dia... Roupas de uso eventual como o "Summer" e o "Smoking" do meu pai, documentos sem muito valor, um baralho com mulheres peladas, que tenho até hoje, bugigangas diversas, e outras coisas que eu achava divertidas mas que não cabiam em nenhum outro cômodo da casa. Um dia, fuçando nos armários do meu quarto, eram dois, como eu fazia sempre, desbravando a prateleira de cima onde eu nunca tinha chegado, me deparei com um embrulho diferente. Sem imaginar o que era e não querendo abrir sem autorização fui chamar meu pai. O Dr. Mattoso, como era carinhosamente chamado por todos, e com sua habitual calma e fleuma britânica, chegou, sentou, abriu o pacote e me disse: "- Filho (enquanto abria o pacote) isto é uma arma, quer dizer, uma pistola "Browning" e uma caixa de munição. Eu já a tenho faz muito tempo, mas nunca a usei. Eu a deixei guardada num lugar seguro para que ninguém a achasse e assim deveria ficar. Nunca mexa nela sem saber como usá-la." E, depois disso, obedecendo a meu pai como sempre, nunca mais mexi no pacote que voltou para o mesmo lugar no armário. Meu pai faleceu em 1981. Minha mãe faleceu em 1990. Antes de minha irmã ir morar no apartamento dos meus pais eu fui ao mesmo armário e, depois de tantos anos, retirei o pacote com a arma do armário e levei para Curitiba onde morava na época. Coloquei a pistola em meu nome, tirei porte de arma e levei para um armeiro para ver se ainda funcionava, e funcionava, e tive vontade de dar uns tiros com ela, mas não tive coragem ou respeito, não sei. Voltei a guardar a pistola em um lugar seguro em minha casa. E quando a Betina, minha segunda esposa, foi fazer um curso de tiro como preparação para a sua carreira de vigilante, eu dei a pistola para ela. Só para registro, ela foi a melhor atiradora da turma naquele curso. Não sei o que ela fez com a pistola e nem quero saber...

Segunda história. Já casado em primeiras núpcias.

Passávamos sempre as férias no interior. Mais precisamente em Braúna, interior de São Paulo, terra dos parentes de minha mulher na época, Heloísa. Um dia, fomos à fazenda de um amigo do tio Osvaldo (Tio "Pote" para meus filhos), e eles resolveram fazer uma sessão de tiros com várias armas... Eu me excitei, me empolguei, seria a primeira vez, mas tinha aquelas lembranças de infância do meu pai falando: "Nunca mexa nela sem saber como usá-la." Mas eu topei. Começamos com o revólver. Dei uns três tiros numas latas e não acertei nada... Eles também não acertaram nada para meu alívio... Aí, foi a vez de usar as espingardas. Eu nunca tinha pegado uma espingarda antes, mas dei uma de macho. Disse: "- Me empresta essa espingarda." Mirei numa árvore bem longe e falei: "- Estão vendo aquela frutinha bem no alto da árvore? Vou acertar nela..." Mirei, não sei como, mas acertei em cheio. O tio Osvaldo e seu amigo ficaram pasmos olhando pra mim e não sei o que pensaram, mas não me gozaram mais... Acho que virei herói por alguns minutos... e foi muito bom... hehehe

Ah, tem uma terceira história. Eu, quando adolescente, achei, no meu quarto, uma garrucha velha de dois canos que tem uma história também. Como era uma arma velha, meu pai contou como aquela tralha estava ali. Disse ele que uma vez frequentava um "night club" chamado "Século XX", que ficava no último andar do Edifício Martinelli, no centro de São Paulo. E que, durante uma briga, ele tirou a arma de um dos briguentos e ficou com ela. Nunca disse o porquê. Mas trouxe a arma para casa, e eu a achei... hehehe Essa garrucha ficou comigo vários anos até que veio a lei do desarmamento. Para colaborar com a lei eu a entreguei e recebi R$ 100,00 por isso. Eu tenho várias armas em casa, mas nenhuma de fogo. E nunca vou ter. E queria que os bandidos também não tivessem. Tenho coleção de facas, de canivetes, de tesouras, só para mostrar. Mas nenhuma arma de fogo. Esta é a minha história com armas de fogo.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Cine Belas Artes nos anos 60
Sábado, 19, teremos de volta o Cine Belas Artes, na Rua da Consolação quase esquina com a Av. Paulista, em São Paulo. Vivas à população paulistana que protestou, fez passeata e impediu que o nosso mais emblemático cinema de rua fosse fechado. Lá, assisti a clássicos 'hollywodianos' como "American Graffith" (1973) de George Lucas, na famosa sessão da meia-noite de sexta-feira,















até 'cults' como o italiano "Uccellacci, Uccellini" (1966) de Pier Paolo Pasolini...
...num dia normal de trabalho... depois do trabalho, devo dizer... hehehe

Boas novas para São Paulo!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em tempo: Parabéns aos cariocas que, como os paulistas, protestaram contra o fechamento do Cine Leblon e conseguiram que o meu mais querido cinema de rua do Leblon, na minha querida rua Carlos Goés esquina com a Av. Ataulfo de Paiva, seja reformado e reaberto.

Boas novas para o Rio!

domingo, 2 de março de 2014

Eu começaria assim: "Nos anos 80...", ou como a mídia diz hoje:
"Nos anos de 1980...".
Mas eu sei que os que me leem sabe o ano a que estou me referindo.

Então, vamos lá.
Estava eu na Alemanha, mais precisamente em Estugarda (em alemão: Stuttgart) que é a capital e a maior cidade do estado de Bade-Vurtemberga, na Alemanha, na casa de meu amigo de infância, Martin, a quem não via há muito tempo.
Além da sua Mercedes-Benz do ano, o que mais me chamou a atenção foi a sua televisão.
Já naqueles idos tempos, ele me mostrava que podia assistir ao que quisesse na televisão bastando, apenas, escolher o programa num menu que aparecia na tela quando acessado.
Fiquei encantado e com uma baita inveja... já que ele não pagava nada mais por isso.

Hoje, assistindo a minha televisão aberta em HD (Uau!), de graça, já que não tenho cacife para pagar a tv a cabo e continuar vendo horas de comerciais pagos entre os programas, veio a pergunta:
- Por que eu não posso assistir ao programa que eu quero, já que tenho acesso a vários canais abertos com programação variada?

Neste mundo globalizado onde a informação é disponibilizada 'on line' em todas as mídias, por que eu não posso assistir a um programa "ao vivo" em alguma das emissoras do meu país?

Por que? Por que?

Eu vos digo.
É porque há censura na mídia, controle da mídia.
Sim, é verdade!
Isso se chama "censura econômica".

A mídia, em geral, está nas mãos de grandes grupos econômicos que 'decidem' o que eu devo ver e quando ver, ou pagar para ver o que eles querem que eu veja... (?)

E a gente aceita, sem reclamar e acha legal...

Mas eu não!
Eu não aceito ser excluído do meu direito de ver o que eu quero.
Eu quero ser respeitado no meu direito de escolha.
Por que os programas que eu quero ver são de exclusiva propriedade de uma rede e estes não transmitem nem deixam outros transmitirem?
Puro capricho, medo da concorrência ou poder econômico?
No meu tempo de estudante, isto se chamava "Monopólio"... que vai contra a livre concorrência.
Mas eu quero combater esse cancro que se espalha na nossa sociedade... eu quero meu direito de ver o que eu quero na hora que eu quero, de graça...

Por isso, eu vos digo:
- Vou desligar a minha televisão até ter meu direito respeitado.

Para mudar um país é preciso que a gente mude.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Ídolo português, Eusébio morre aos 71 anos de parada cardiorrespiratória

Esse eu vi jogar. Era um craque como poucos. Vale o cartaz abaixo...
Eusébio da Silva Ferreira, considerado um dos maiores jogadores de futebol português da história, morreu neste domingo aos 71 anos devido a uma parada cardiorrespiratória.
O corpo do ídolo português será levado para o estádio da Luz, do Benfica, em Lisboa, neste domingo às 15h30 (horário de Brasília). O clube português informou que Eusébio tinha como último desejo dar uma volta no estádio da Luz, o que ocorrerá por volta das 13h30 desta segunda (11h30 em Brasília).

Nascido em 1942 na antiga colônia portuguesa de Moçambique, Eusébio se tornou um símbolo do futebol português, com o qual conquistou o maior sucesso de sua seleção, o terceiro lugar na Copa do Mundo da Inglaterra, em 1966, no qual foi o artilheiro, com nove gols. Eusébio marcou dois gols na vitória de Portugal
em cima do Brasil por 3 a 1, que desclassificou a seleção brasileira ainda na fase de grupos. Nas quartas de final, o jogador marcou quatro gols na vitória de Portugal por 5 a 3 contra a Coreia do Norte, após estar perdendo por 3 a 0. Na disputa pelo terceiro lugar, ele fez dois gols na vitória de 2X1 sobre a União
Soviética.  Eusébio foi o artilheiro do Mundial com nove gols.

Eusébio atuou durante 15 anos no Benfica. Ele disputou 745 partidas profissionais, tendo marcado 733 vezes. Ele foi o destaque da equipe que conquistou o título da Liga dos Campeões em 1962. Três anos depois, ganhou o título de melhor jogador europeu.

Boa estreia aí em cima, tá? E, obrigado.