quinta-feira, 14 de março de 2013

Você se acha apto a julgar?
Quem matou Mércia?

Mizael Bispo de Souza é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Mércia Nakashima, foi a sentença do juiz em cima do veredicto do juri popular hoje.
O juiz, na sua sentença, disse que o réu mentiu.
Antigamente, pelo menos que eu saiba, usava-se o detector de mentira ou, como nos filmes, o sôro da verdade para extrair do suspeito a verdade dos fatos.
Será que não se usa mais? Ou não se pode usar no Brasil? Quem pode me dizer?
O caso foi bem encaminhado pela promotoria, mas será que temos a plena certeza de ter usado todos os recursos possíveis?
Quanto a mídia e o clamor popular têm força para pré-julgar alguém antes do juri popular?
Alguém se lembra do caso da Escola de Base?
O Mizael tem cara de assassino, grifo meu, mas assassino tem cara?
Pode ser seu vizinho, seu sócio, seu marido, sua mulher ou qualquer outro sêr que se pareça com um assassino, mas como descobrir se é ou não? Eu não sei...
Será que nós já estamos preparados para julgar com isenção da mídia, do clamor popular, qualquer crime sem dúvidas???
Seria fácil falar que eu cometi um crime. Podiam me acusar de ser passional, de estar desempregado, de ser ciumento e , inclusive,  de ter uma arma em casa.
E eu tinha! Felizmente, eu entreguei uma "garruncha 22" enferrujada antiga, que meu pai tirou de um cara na Boate "Século XX", que ficava em cima do Edifício Martinelli no começo do século passado, durante uma briga entre duas pessoas, onde êle não tinha nada a ver, no programa de desarmamento do govêrno federal.
Mas nem todo mundo é assim. São valores que cultivamos desde a infância.
Se eu fosse jurado, eu o condenaria, mas será que eu seria justo?
A consciência de cada um que o diga...
Quando seremos capazes de julgar imparcialmente se cometemos tantos pecados e não nos preocupamos com o próximo?
Que saudade do Perry Mason, quando a gente sabia que, pelo menos na ficção, a justiça tinha sido feita...
Pense, e veja se você está preparado para julgar!
Ou, como dizia meu pai, "macaco, olha o seu rabo".

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