sábado, 26 de janeiro de 2013

Por que o símbolo da medicina é uma cobra?
A ofiolatria - ou culto à serpente, em português claro - era muito comum nas civilizações antigas. "A cobra seria o bem e o mal, a sagacidade e a imortalidade, o elo entre o mundo conhecido (a superfície da Terra) e o desconhecido (os subterrâneos)", afirma Joffre de Rezende, da Universidade Federal de Goiás, membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Na Grécia, serpentes circulavam pelos templos do deus da medicina (Asclépio em grego, Esculápio em latim) e eram consideradas benéficas aos pacientes. Quando uma peste atacou Roma, em 293 a.C., os romanos buscaram uma dessas cobras. Quando a epidemia
declinou, acreditaram que o animal representava o poder desse deus.

E por que os homens não vão ao médico?

MEU TIO TONICO
Para meu amigos aposentados, pensionistas ou apenas em posição de descanso, leiam com atenção, meditem e apliquem se acharem conveniente.

Meu tio Tonico estava bem de saúde, até que sua esposa, minha tia Marocas, a pedido de sua filha, minha prima Totinha, disse:
"-Tonico, você vai fazer 70 anos, está na hora de fazer um check-up com o médico."
"- Prá que, estou me sentindo muito bem!"
"- Porque a prevenção deve ser feita agora, quando você ainda se sente jovem", disse minha tia.
Então meu tio Tonico foi ver um médico. O médico, sàbiamente, mandou-o fazer testes e análises de tudo o que poderia ser feito e que o plano de saúde cobrisse.
Duas semanas mais tarde, o médico disse que os resultados estavam muito bons, mas tinha algumas coisas que podiam melhorar.  Então receitou:
- Comprimidos Atorvastatina para o colesterol, Losartan para o coração e hipertensão, Metformina para evitar diabetes, Polivitaminas para aumentar as defesas, Norvastatina para a pressão, e Desloratadina em alergia.
Como eram muitos medicamentos, tinha que proteger o estômago, então ele indicou Omeprazol e um diurético para os inchaços.
Meu tio Tonico foi à farmácia e gastou boa parte da sua aposentadoria em várias caixas requintadas de cores sortidas.Nessa altura, como ele não conseguia se lembrar se os comprimidos verdes para a alergia deviam ser tomadas antes ou depois das cápsulas para o estômago e se devia tomar as amarelas para o coração antes ou depois das refeições, voltou ao médico. Este lhe deu uma caixinha com várias divisões, mas achou que titio estava tenso e algo contrariado. Receitou-lhe, então, Alprazolam e Sucedal para dormir.
Naquela tarde, quando ele entrou na farmácia com  as receitas, o farmacêutico e seus funcionários fizeram uma fila dupla para ele passar no meio, enquanto eles aplaudiam.
Meu tio, em vez de melhorar, foi piorando.
Ele tinha todos os remédios num armário da cozinha e quase já não saia mais de casa porque passava praticamente todo o dia a tomar as pílulas.
Dias depois, o laboratório fabricante de vários dos remédios que ele usava, deu-lhe um cartão de "Cliente Preferencial", um termômetro, um frasco estéril para análise de urina e lápis com o logotipo da farmácia.
Meu tio deu azar e pegou um resfriado.  Minha tia Marocas, como de costume, fez ele ir para a cama mas, desta vez, além do chá com mel, chamou também o médico.
Ele disse que não era nada, mas prescreveu Tapsin para tomar durante o dia e Sanigrip com Efedrina para tomar à noite. Como estava com uma pequena taquicardia, receitou Atenolol e um antibiótico, 1g. de Amoxicilina a cada 12 horas durante 10 días. Apareceram fungos e herpes, e ele receitou Fluconol com Zovirax.Para piorar a situação, Tio Tonico começou a ler as bulas de todos os medicamentos que tomava, e ele ficou sabendo todas as contra-indicações, advertências, precauções, reações adversas, efeitos colaterais e interacções médicas.
Leu coisas terríveis. Não só poderia morrer mas poderia ter também arritmias ventriculares, sangramento anormal, náuseas, hipertensão, insuficiência renal, paralisia, cólicas abdominais, alterações do estado mental e um monte de coisas terríveis.
Com medo de morrer, chamou o médico que disse para não se preocupar com essas coisas porque os laboratórios só colocavam para se isentar de culpa.
"- Calma seu Tonico, não fique aflito!", disse o médico, enquanto prescrevia uma nova receita com um antidepressivo Sertralina com Rivotril 100 mg. E como titio estava com dor nas articulações deu Diclofenac.Nessa altura, sempre que o meu tio recebia a aposentadoria ia direto para a farmácia, onde já tinha sido eleito cliente VIP.
Chegou um momento em que o dia do pobre tio Tonico não tinha horas suficientes para tomar todas as pílulas, portanto, já não dormia, apesar das cápsulas para a insônia que haviam sido prescritas.
Ficou tão ruim que, um dia conforme já advertido nas bulas dos remédios, morreu.
No funeral tinha muita gente mas quem mais chorava era o farmacêutico.
Agora tia Marocas diz que, felizmente, mandou titio para o médico bem na hora porque se não, com certeza, ele teria morrido antes.

(Este texto, recebido de meu amigo Fernando e cujo autor não foi revelado, também é dedicado a todos meus amigos, sejam eles médicos ou pacientes...
Qualquer semelhança com fatos reais será pura coincidência.)

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