madrugada em São Paulo.
Segundo fontes da polícia militar, um dos motoristas
estava visivelmente enebriado. Foram encontrados, no
banco do passageiro, vários maços de cigarro vazios.
O motorista se recusou a fazer o teste do 'bafômetro', para não produzir provas contra si mesmo, conforme prerrogativa constitucional.
Êle disse ao policial que havia fumado sim, alguns poucos cigarros e, talvez um charuto cubano que foi oferecido por uma amiga na calçada em frente ao bar em que bebiam energéticos socialmente, mas que estava em perfeitas condições de dirigir.
Assim mesmo, foi autuado em flagrante por dirigir enebriado e pôr em risco a segurança no trânsito.
Encaminhado à delegacia, disse ao delegado que costuma fumar socialmente e dirigir, e que acha perfeitamente possível manter a consciência e atenção no volante.
Mas não teve jeito. Ficou detido na delegacia e teve a sua carteira apreendida.
Seus familiares tentaram enviar cigarros através de vários artifícios, como colocá-los no meio de um bôlo que levavam; atirá-los com flechas para dentro da delegacia; subornar os carcerários, etc., etc., sem sucesso. Foram pegos e também cumprem prisão preventiva na mesma delegacia.
Quando vamos acabar com isso. Será que precisamos de leis mais firmes para reduzir o uso do fumo no trânsito?
Onde estão nosso congresssitas que não votam a proibição da propaganda de tabaco na mídia, visando a segurança da população?
Vamos deixar nossos jovens expostos à propaganda enganosa do tabaco, associada a esportes, glamour, potência e socialmente aceita? Até quando?
Não queremos propor uma censura à propaganda, mas sim uma campanha de conscientização dos males do fumo combinados com direção.
Já conseguimos banir a propaganda de bebidas alcoólicas há muito tempo, o que reduziu o número de acidentes de trânsito e fez decrescer o número de bebedores no país.
Eu trabalhava na indústria da bebida nesta época e acompanhei todo o processo de banimento da propaganda de bebidas na mídia.
Por que não fazer o mesmo com o fumo?
Eu sei que o lobby da indústria do fumo é muito grande, exerce muita influência no congresso, dá muito dinheiro para campanhas eleitorais, gera muita receita de mídia para as empresas de comunicação.
Mas dá prá mudar. O que você acha?
Se concorda, pressione seu congressista, faça a sua parte.
Por via das dúvidas, "se fumar não dirija, ou se for dirigir, não fume".
Obs.: O autor é um não-fumante que, eventualmente, todas as terças, quintas, sextas e fins de semana, sai com seu carro para tomar umas biritas com os amigos e nunca se envolveu em um acidente, justamente porque não fuma quando dirige.
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